segunda-feira, 8 de junho de 2009

Terra com lágrima


Alguns meses atrás escrevi após a final do Aberto de tênis da Austrália, o primeiro dos quatro grandes torneios anuais. Foi um post dividido em partes 1 e 2. Ali, o grande Roger Federer perdeu para o novo número 1 do planeta, Rafael Nadal. Parecia o momento simbólico em que a tocha passava definitivamente de Federer para Nadal, que ali se tornava detentor dos títulos de Roland Garros (França), Wimbledon (Inglaterra) e Austrália, faltando apenas o US Open. Federer, assim como o genial Pete Sampras nunca vencera no saibro francês, e isso era um elemento para os detratores negarem seu status como maior da história. Enquanto Sampras nunca passou da semi-final, Federer chegou a três finais, parando sempre naquele que talvez seja o melhor jogador de tênis no saibro da história, seu amigo Rafa Nadal.
Depois do Aberto da Austrália Federer enfrentou uma fase muito difícil. Enquanto isto Nadal voava cada vez mais alto acumulando troféus nas quadras de piso duro e no saibro. Até que no último torneio antes de Roland Garros, o importante Master Series de Madrid, disputado no saibro e na casa de Nadal, Federer fez o improvável e bateu seu nêmesis na toca do leão. Isto colocou um tempero especial para Roland Garros, embora Nadal ainda fosse o grande favorito.
Desta vez, no meio do torneio uma surpresa: NADAL ESTÁ FORA! Derrotado pelo sueco Rob Soderling, conhecido apenas por quem segue tênis fielmente. De repente o caminho parecia aberto para Federer. Precisaria ainda vencer 4 bravos oponentes, o que não foi nada fácil. Viradas espetaculares, sofrimento e enfim na final a coroação. Venceu a final, se igualou a Sampras em número de Grand Slams, se igualou a Agassi em ter vencido os quatro grande torneios. Passou os dois em termos históricos. Hoje o próprio Sampras declarou o que Agassi já dissera há muito tempo: Federer é o maior da história.
Abaixo segue um breve vídeo de Federer e Nadal recitando o famoso poema de Kipling "If" O final do poema está escrito na entrada da quadra principal do Wimbledon, e fala acerca de tratar triunfo e desatre como os dois impostores que são. Federer já estava bem familiarizado com o desastre na terra vermelha de Paris. Ontem provou o triunfo.

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