quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mais Slumdog Millionaire

Pra quem quer rever a parte dos créditos no filme. Pra quem não viu o filme talvez seja bom evitar, embora trate-se apenas de uma clássica cena de dança dos filmes de Bollywood, sem estragar a história.

Biblia de estudo ESV

Um site aqui dos EUA esta promovendo um sorteio de uma Biblia de estudo ESV. Esta Biblia foi lancada recentemente aqui e parece ser muito boa! Detalhes podem ser vistos aqui.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Valioso

Não falei que o filme era bom? Levou 8 prêmios, incluindo Oscar de direção e melhor filme. Parabéns ao diretor Danny Boyle, o louco, que já fez filme de zumbi, ficção científica e ainda por cima fez os pulinhos do Tigrão no palco!!




Agora vá assitir!!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Filme - A Troca (Changeling)


Eu e Ise (que tá com sinusite) assistimos um ótimo filme hoje de tarde. Mais uma obra excelente e tocante do diretor Clint Eastwood. Chama-se "Changeling," acho que no Brasil é "A Troca." Conta a história real de uma mãe cujo filho desapareceu, sendo que meses depois a polícia aparece com uma criança afirmando ser o menino. É muito mais que um drama familiar, trata da relação da polícia com a sociedade, direitos humanos, loucura e verdade, crime e desespero. Ótimo elenco, os rostos mais conhecidos são Angelina Jolie e John Malkovich (fazendo o papel de um pastor presbiteriano hehehehehe)
Vale bastante!!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aula, aula, aula

Tem hora que cansa!! Mas é importante né? É ruim às vezes não poder estudar aquilo que eu gostaria, mas o que é requerido. Hmmm, acho que essa é uma reclamação universal de todo aluno... Por vezes sabemos o que é melhor pra nós. Outras tantas vezes achamos que sabemos...

Frase legal vinda do livro Infinite Jest

"A vida é como o tênis, geralmente vence quem serve melhor."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Festa e enterro

Um dos livros menos conhecidos da Bíblia é Eclesiastes. Embora quase ninguém o tenha lido, várias passagens são conhecidas. Um exemplo é o capítulo 3, que tem o trecho "há tempo pra tudo debaixo do sol..." Confira!
Escrito por Salomão no final da vida, mostra sua desilusão com as coisas deste mundo. Constantemente fala acerca de "vaidade" que no original significa algo com um vapor, uma coisa efêmera que hoje está aqui e logo se vai. Suas riquezas, suas mulheres, suas conquistas, tudo vaidade e correr atrás do vento."O livro pinta uma figura triste e deseperançoa da vida humana de baixo do sol. Entretanto, a grande mensagem do livro é de que se o mundo físico em que estamos é tudo o que há, somos apenas isto, vapor. Entretanto, há mais, há o criador e seus mandamentos, há a redenção prometida e alcançada por Cristo. Este blog se chama "já mas ainda não"pois entendo que devemos viver sempre esta realidade dupla, já redimidos e vivendo resultados desta redenção, mas ainda não possuindo tudo o que teremos em termos de vida. Vivendo de fato entre dois mundos.

Seleciono uma passagem do livro para terminar o post:
"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração." Eclesiastes 7:2
Salomão mostra que aprendemos mais num enterro do que numa festa de aniversário. Somos brutalmente forçados a nos lembrar de que aquele é o fim de todo o homem, e devemos considerar tais coisas, não ignorá-las até ser tarde demais.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Beleza?


Sábado passado, andando pelo shopping aqui da cidade vi uma coisa inusitada. Tinha ido com a Ise trocar um jogo de Wii (não pergunte) e quando notamos a praça central estava repleta. Havia um palco e crianças desfilavam num concurso de beleza. A tolice e a seriedade da situação nos deixaram impressionados. Crianças de 4 ou 5 anos, e até mesno, vestidas como princesas, com maquiagem pesada, andando impecavelmente, fazendo poses e caras para vencer um troféu.
Na minha cabeça, a última coisa que essas crianças precisam na vida é aprender desde cedinho que a vida é uma grande competição e qua através de sua beleza poderão conquistar o que desejarem. E vale notar que elas não ficam bonitas como os pais acham, fica aquela coisa grotesca, um peter-pan revertido, uma criança posando de adulta.
Outro elemento sério nestes concursos é a precoce erotização das crianças, que convivem com o ideal de beleza e atração dos quais deveriam estar sendo preservadas. Não sei dizer se há relação entre este tipo de concurso e o crescimento da pedofilia no país, mas não me surpreenderia.
Saímos do shopping com os corações pesados, tristes em ver esta realidade que resulta da tolice e da ambição dos pais.
Para terminar este post triste, vale uma notinha mais alegre. Assistam o excelente Little Miss Sunshine, que mostra de forma divertidíssima um pouco da bobagem que é um concurso destes.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Rivalidade, agonia e maestria parte 2


Parte dois do comentário sobre a rivalidade Nadal - Federer. Para a primeira parte clique aqui. Meu irmão escreveu um texto motivado pelo que viu no aberto da Austrália e psotou no blog do meu pai. Você pode ler este excelente texto aqui.
Estou listando a cada ano o desempenho dos tenistas nos torneios principais, mas vale notar que cada um venceu dezenas de torneios menores neste período.
Deve-se lembrar um pouco das dificuldades do jogo de tênis. Os saques viajam a cerca de 200km/h e cada jogador serve e recebe dezenas por jogo. Eles ficam trocando pancadas de 150 km/h por horas, tudo isto unido a uma enorme movimentação e variedade de tipos de batida (topspin, flat, drop...). O tenista está sozinho, não tem um time para segurar sua onda quando joga mal. Além de tudo isto, é o único esporte que varia o terreno de disputa, e as diferenças entre a lenta quadra de saibro e a veloz quadra de grama faz com que sejam praticamente esportes diferentes, e são poucos os que conseguem se sair bem em todos os tipos. Nosso Guga, por exemplo, mesmo quando era número um do mundo não conseguiu vencer os grand slam de quadra dura e grama, sendo o rei do saibro.
Voltemos ao histórico:
Em 2006 mais um espetáculo de Federer, cada vez mais dominante. Venceu novamente três dos Grand Slam, novamente parando em Nadal em Roland Garros. Neste ano Nadal pela primeira vez chegou a uma final de outro major, perdendo de lavada para Federer em Wimbledon.
2007 foi um repeteco de 2006, com Federer novamente dominando tudo e vencendo Australia, Wimbledon e US Open, perdendo para Nadal no saibro de Roland Garros. Nadal deu muito mais trabalho em Wimbledon, e Roger venceu uma batalha ferocíssima em 5 sets.
2008 foi o ano da mudança da guarda. O título da Austrália ficou com uma nova estrela em ascensão, Novak Djokovic (uma curiosidade, no US Open do ano anterior Djokovic ganhou o apelido de Joker, pois imitava todo mundo, um grande palhaço; Federer jogou todo de preto, então tivemos a final JokerX Dark Knight). Na França mais uma vez Nadal bateu Federer, desta vez com facilidade. Aconteceu então em Wimbledon o que pode ser considerado o momento em que Federer passou o trono para Nadal. No que muitos consideram o melhor jogo de todos os tempos, Nadal venceu em 5 sets. Foi uma batalha incrível, com Nadal abrindo dois sets a zero e parecendo que estava liquidada a fatura. Federer numa reação impressionante empatou o jogo. Jogaram tênis de altíssimo nível e acabou dando Nadal, após 5 sets sendo os últimos três decididos no tie-break. O ano parecia perdido para Federer, mas eis que no último major do ano, US Open, ele ressurge e vence o título, derrotando o britânico Andy Murray, que havia batido Nadal na semi.
O ano de 2009 começou com Nadal na liderança do ranking e eles se encontrando novamente numa final de major, com a vitória descrita anteriormente. Agora Nadal tem 6 torneios de Grand Slam e Federer, cinco anos mais velho, tem 13.


O estilo dos dois é bastante diferente, e ambos são espetaculares. Nadal é um lutador incansável, fez em três dias duas partidas de cerca de 5 horas e venceu as duas. Nadal nunca considera um ponto como sendo perdido, nunca deixa de correr e bate com força e efeito (topspin) impressionantes e inéditos. Nadal por um tempo foi apenas o rei do saibro, tipo mais lento de piso, mas hoje já venceu grandes torneios em todo tipo de quadra e tem apenas 22 anos. Além disto é canhoto, o que dificulta muito para seus adversários. Seu estilo de jogo é extremamente físico e geralmente ele chega acabado no final da temporada. Alguns acreditam que não será possível jogar assim por muitos anos. Nadal não parece dar muita bola para estas previsões e foi capaz de jogar por 5 horas e meia na sexta, e depois mais 4 horas e meia no domingo e ainda vencer os dois jogos.
Federer tem talvez o jogo mais técnico da história. A qualidade de seu tênis é fora das escalas. Saque formidável, forte e muito bem colocado, extrema qualidade em todos os fundamentos e a melhor movimentação em quadra já vista. Nenhum de seus golpes é menos que excepcional. Sua criatividade nos pontos é lendária. Capacidade enorme de descobrir como vencer seus adversários e colocar a bola onde quiser, de qualquer ponto da quadra. Por anos foi imbatível, mas já mostra sinais de declínio desde 2008. Por seu jogo não ser tão físico como o de Nadal, sua curva descendente não deve ser tão acentuada. Talvez sua maior fraqueza seja na parte mental do jogo, pois algumas vezes parece não acreditar em sua qualidade (especialmente contra Nadal) e comete erros tolos. O falecido escritor David Foster Wallace escreveu um artigo sobre Federer que é uma das melhores reflexões sobre vida, esporte e excelência que já vi. Chama-se "Federer as religious experience" (Federer como experiência religiosa). Creio que não existe traduzido, mas aqui está em inglês. Não deixe de ler as notas de rodapé, tão boas quanto o artigo e essenciais para tornar a experiência completa! O autor descreve muito bem o jogo de Federer dizendo que ele é ao mesmo tempo Mozart e Metallica, finesse e harmonia, força bruta e intensidade.
Nadal faz você entender como o jogo demanda fisicamente, você o assiste e fica impressionado com o quanto ele está ralando. Federer ao contrário, joga tão fácil que faz a gente achar que poderia estar ali também. Claro que isto não implica que Nadal não tenha técnica ou que Federer não tenha força. Nadal provavelmnte só perca em técnica para 2-3 hoje e não mais que 15 na história. Federer é mais poderoso fisicamente que 95 % dos jogadores. O que os diferencia é na medida para a receita técnica - poder, habilidade - garra e criatividade-vontade. Os dois tem tudo isto de sobra.


A rivalidade entre Nadal e Federer nunca foi amarga ou ofensiva, como fora Connors - McEnroe e tantas outras. Desde o início da carreira de Nadal ele parece ter um enorme respeito por aquele que considera o melhor de todos. Seu próprio técnico e tio, Toni Nadal, afirma que Roger é melhor que Nadal. Outros grandes atestam a superioridade do suíço. Agassi falou que contra o grande Sampras ele sabia o que fazer e que num mal dia podia derrotá-lo, enquanto que contra Federer no seu auge (2004-2007) não havia o que fazer.
Muito tem sido falado acerca do debate sobre se Federer pode ser considerado o melhor da história uma vez que tem perdido de Nadal de maneira consistente. No tênis não há alguém incontestável, que tenha feito mais de mil gols e vencido dois mundiais de clube e três de seleção como Pelé. A discussão tem mais nuances e é mais complicada. Acredito que sim, Federer pode ser considerado o melhor da história mesmo perdendo tanto para Nadal. A questão de melhor do mundo é comparativa. Explico: o outro nome que se usa quando se fala em melhor da história é o de Pete Sampras. Será que Sampras teria perdido três vezes seguidas de Nadal na final de Roland Garros? Creio que não, pois o fato é que ele nem mesmo chegaria perto de jogar contra Nadal. Ele nunca passou das quartas-de-final em Paris, mesmo contra adversários mais fracos, sendo que Federer bate qualquer outro do mundo no saibro, com exceção do espanhol. A vantagem de NAdal no confronto direto também pode ser atribuída ao fato de que no auge de Federer entre 2004-2007 Nadal sequer chegou a uma final do Australia Open ou do US Opne, onde provavelmente teria sido batido.
Se eles fossem separados por alguns anos, Federer certamente já teria mais 4-5 majors, e Nadal uns outros tantos. Mas o mais fascinante desta dupla, que talvez um dia sejam vistos como os dois maiores da história, é que embora sem o outro cada um fosse mais dominante e ganhasse mais, a rivalidade deles os torna muito mais interessantes e faz bem para o mundo todo, que pode ver dois rivais se abraçando após a batalha sabendo quão valorosa foi a disputa e como um faz o outro melhor. Uma antiga campanha das Olimpíadas usava o seguinte texto, que se encaixa bem no tema aqui:
Adversário
Você é meu adversário, mas não meu inimigo
Pois sua resistência me dá força
Sua vontade me dá coragem
Seu espírito me enobrece
E embora minha meta seja derrotá-lo, caso eu suceda, não irei te humilhar
Em vez disto, eu irei te honrar
Pois sem você, eu sou um homem inferior.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Rivalidade, agonia e maestria -parte 1


A internet, e os blogs, permitiram que qualquer um realize seus sonhos de ser colunista esportivo, crítico de filme, analista político... Aqui vai um momento colunista esportivo! Quero discutir a rivalidade Nadal-Federer, falar um pouco sobre a grandeza histórica e outras coisas mais. Será em duas partes. Aqui vai a primeira!

Na madrugada de domingo houve mais uma fantástica batalha de tênis entre Roger Federer e Rafael Nadal. O espanhol Nadal venceu mais uma vez, ele é o atual número 1 do ranking mundial. Nadal chegou a seu sexto título nos torneios chamados Grand Slam (Australia, Roland Garros, Wimbledon e US Open).
Federer perdeu a chance de vencer seu 14o torneio de Grand Slam e se igualar a Pete Sampras com o recorde.
A foto em questão mostra Federer desabando em choro após o jogo, na hora de dar sua entrevista. O suíço se emocionou ao perder a chance de igualar o recorde, e deve ter sido especialmente doído perder novamente para o dínamo Nadal. Esta rivalidade é certamente uma das mais empolgantes da história do tênis, tão boa ou até melhor que Borg X McEnroe ou Sampras X Agassi. Muitos vêem em Nadal um gênio que pode superar todos os recordes. Seus estilos são muito diferentes, e é um privilégio poder ver estes dois em nossos dias.
O jogo deste domingo passado foi mais um épico. Chegou a 5 sets, e Federer esteve melhor em boa parte do jogo, embora não tenha sacado bem durante toda a partida. A derrota doeu mais do que o normal, e na hora de falar ao público ele não se conteve e chorou. Um dos maiores campeões da história de qualquer esporte, desabando em lágrimas peranet um público que não parava de aplaudi-lo. As dúvidas devem ter sido muitas, sobre o futuro, sobre se será que um dia irá chegar ao recorde que está tão perto, sobre se um dia voltará ao nível em que era um monstro imbatível. Quando chegou a vez de Nadal falar ele fez algo que poucos campeões fazem. Pediu desculpas a seu amigo Federer. Disse que sabia bem o que ele estava sentindo e que nunca se esquecesse que ele é um grande campeão, dos melhores da história. Abraçou e consolou Federer em seu ombro.

Ok, aqui vai um pouco da perspectiva histórica sobre essas duas feras, espero que lhe faça apreciar o que está acontecendo no mundo do tênis.
Em 2003 Federer apareceu no mundo de tênis vencendo o torneio de Wimbledon, o mais tradicional de todos, disputado em Londres em quadras de grama. No caminho para a vitória Federer derrotou Sampras, que já havia vencido lá sete vezes e era considerado o melhor da história. Naquela época os melhores do mundo eram Hewitt, o russo Marat Safin e o americano Andy Roddick (todos ja havia sido primeiros no ranking mundial).
Federer já havia tido bons resultados, mas nada espetacular, ele passou a se destacar no tênis mais velho do que foi com Nadal. Creio que o estilo de jogo explica isso, com Nadal sendo mais força bruta e resistência e Federer precisando de mais tempo até seu jogo mais técnico e completo se encaixar. O ano seguinte foi um espetáculo de tênis, com Federer fazendo algo que não acontecia desde 1988: venceu três dos quatro grande torneios, faltando apenas Roland Garros (perdeu para o Guga). Tornou-se o número 1 do mundo e surrou todos seus adversários. Na final do US Open venceu Lleyton Hewitt (ex-número 1 do mundo) aplicando dois 6x0.

Em 2005 ele chegou até a semi-final na Austrália, caindo diante de Marat Safin. Em Roland Garros um novato promissor da Espanha apareceu para o mundo derrotando Federer na semi-final de Roland Garros e vencendo o torneio. Claro, tratava-se de Nadal. Federer venceu em seguida os torneios de Wimbledon e o US Open com desempenhos absolutos, derrotanto Roddick em Londres e Agassi em Nova York.
Foi um bom ano para Federer, que viu sua concorrência se reduzir a Nadal, que parecia imbatível na quadras de saibro. Na parte dois continuarei a história e farei análises, este post já está grande demais!