Há poucos dias um atacante do Grêmio perdeu um gol incrível. O mais interessante é que ele perdeu TRÊS vezes a chance de fazer o gol, uma mais impressionante que a outra. De frente para o gol chutou justamente no goleiro, ficou sozinho com o rebote e chutou na trave. Recuperou a bola, passou de forma linda pelo goleiro e de novo errou, mandando a bola para fora. Imagino a cara dele no vestiário depois do jogo...
Este Jonas me lembrou de outro Jonas, o profeta da Bíblia. O Jonas profeta não perdeu três vezes o gol, mas mandou uma bola fora e passou três dias no ventre do peixe. O livro que conta a história do profeta Jonas é curtinho e dá pra ler numa sentada. Por ser tão pequeno, faz parte do grupo chamado de profetas menores, por causa do tamanho da obra, não da importância.
Jonas, o profeta, foi chamado por Deus para pregar ao povo pagão de Nínive, uma enorme cidade. Ele não queria ir. Revoltou-se, foi para o lado contrário e pulou num navio. Uma tempestade enorme cercou o mar e Jonas sabia muito bem que era Deus o cutucando. Jonas abriu o jogo e se jogou no mar, sendo engolido por um grande peixe e passando 3 dias absolutamente miseráveis, convivendo com restos de animais, suco gástrico e o que seja.
Jonas no ventre lembrou-se de que o Senhor é misericordioso e orou. Pediu a vida de volta e a recebeu. Acabou indo pregar em Níneve, e o povo daquela cidade se voltou para o Deus verdadeiro, para certo desgosto do profeta. Rabugento, Jonas ficou bravo quando uma planta que ele gostava morreu, mas era incapaz de sentir pena de tão grande cidade que estava perecendo.
O livro é valioso. Mostra a realidade da humanidade caída e mesmo a brutal realidade de que mesmo os que conhecem ao Senhor ainda têm muito caminho pela frente. A vida, para profetas, boleiros ou pastores, envolve moldar o coração e crescer à semelhança do Senhor Jesus Cristo, que por sinal também teve seus três dias nas garras da morte, só que não por culpa própria, mas em lugar de seu povo.
Vá ler Jonas e pense nisso. Mas antes curta aqui o gol perdido!
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