quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Línguas e redenção


NOTA:Este breve artigo foi publicado no boletim da Congregação Presbiteriana Semear no dia 11 de setembro de 2011. Para um artigo mais completo lidando com estes temas, sugiro a leitura deste material escrito por meu professor Sam Larsen. Clique aqui.

Você já tentou aprender outra língua? Muitos de nós já passamos pela frustrante/excitante perspectiva de aprender uma língua nova. Alguns de nós sabem falar inglês, outros portunhol, outros arranham um francês ou até mesmo alemão. Tem a turma do grego e hebraico! Além dos que falam mineirês, gauchês ou pernambuquês!

Na bíblia as línguas são um tema muito interessante ao longo da história da redenção. A própria Bíblia foi escrita em três línguas (grego, hebraico e aramaico), mas há personagens que falam as mais diversas línguas. Não sabemos que língua Adão e Eva falavam, nem como esta se modificou depois da queda e ao longo dos anos. Depois do dilúvio vemos um enorme crescimento no número de povos, com os filhos de Noé se espalhando por toda parte. Sabemos ainda que logo no início da história humana Deus causou confusão entre os povos através de tirar a capacidade de uns entenderem os outros trazendo confusão sobre seus planos malignos (Gn. 11).

A diversidade de línguas, não é uma maldição como pensam muitos; Deus abençoa e mantém a essa pluralidade mesmo em sua obra redentora. A maldição aparece na confusão, na incapacidade de compreensão lingüística entre povos da Terra. No evento histórico que foi a vinda do Espírito Santo, Deus nos deu uma prévia do que um dia será realidade: pessoas de diversos países e línguas diferentes falavam em suas línguas, mas conseguiam se compreender! O dia de Pentecostes e a vinda do Espírito foram eventos importantíssimos na história da redenção; mas este dia foi apenas uma prévia do que ainda está por vir.

Quando João foi levado por Deus a ter a revelação que escreveu depois (o livro do Apocalipse) ele viu uma cena fabulosa, onde os redimidos de todo o mundo estavam diante de Cristo cantando louvores a ele. Ele viu “grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro...” (Ap. 7:9). Note que João reconheceu que estavam cantando e louvando em línguas diferentes! Não era apenas uma única, mas várias línguas, porém as pessoas se compreendiam - como havia sido sinalizado Atos 2. Hoje sabemos poucas línguas, quando mais de uma. Mas a promessa bíblica é que um dia, numa realidade renovada por Deus, compreenderemos nossos irmãos de toda parte, em um culto eterno e ensurdecedoramente delicioso.

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