terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

New Orleans!! Who dat!


Algumas reflexões sobre a vitória do New Orleans Saints na final do futebol americano, o Superbowl. Ele nunca haviam vencido o torneio. Quando o furacão Katrina arrasou a cidade alguns anos atrás tudo indicava que o time fosse embora de lá. Não foi, vários jogadores tiveram a chance de se mudar mas ficaram. O Resultado veio agora. Na foto o heróis do jogo, Drew Brees, celebrando com o filhote.
1 - Aqui nos EUA as cidades costumam ter apenas um grande time por esporte. Diferente de São Paulo, Belo Horizonte e outras metrópoles brasileiras, cada cidade (com rara exceções) tem seu time. Por um lado isto é interessante, pois o time tem a cara da cidade, a representa pelo país a fora e as rivalidades são contra gente de outro estado ou pelo menos de outra cidade. Assim, por exemplo, New Orleans tem os Saints no futebol e o Hornets no basquete e pronto. Algumas cidades como Nova Iorque e Los Angeles tem mais de um time no mesmo esporte, mas geralmente o segundo é medíocre e nem dá graça.
Por outro lado, como são gostosas as rivalidades locais. Para o corintiano é muito melhor vencer o palmeirense do que o cruzeirense. Se você mora em São Paulo, no dia seguinte no trabalho raramente haverá um cruzeireinse para você perturbar ou para te pertubar. Outra vantagem de ter mais de um time bom por cidade é que sempre tem alguém feliz!! Mas como nós preferimos que ninguém seja feliz às nossas custas...

2 -O New Orleans Saints era a zebra para o jogo. Só se falava em como os Colts de Indianápolis iriam destroçar os Saints, com seu grande quarterback Peyton Manning em grande forma. O Saints fez algo que curiosamente os times inferiores não fazem muito: inventou. Malcolm Gladwell faz neste artigo um interessante argumento sobre como os times inferiores deveriam inovar, tentar usar táticas inusitadas que aumentassem suas chances de vitória. O que ocorre normalmente é ou o time inferior se esconder e tentar segurar o empate, ou tentar ignorar a diferença e jogar de igual pra igual, geralmente perdendo. Curiosamente poucos tentam a idéia de usar táticas de alto risco para tentar surpreender. Se der certo, fantástico. Se não der, provavelmente iriam perder mesmo. Outro dia um time russo chamado Rubin Kazan foi jogar com o poderoso Barcelona, lá na Catalunha. Não tentou igualar o jogo do Barça (impossível). Não tentou só se defender (iria acabar levando um gol). O time partiu pra tudo nos primeiros minutos como se fossem os últimos e pegou o Barcelona desprevenido, que não imaginava que o pequeno Davi iria ousar atacar na casa do gigante Golias.
O Saints fez o mesmo. Depois do intervalo tentaram uma jogada de altíssimo risco e coragem, um chute curto que se desse errado iria dar enorme vantagem aos Colts. Como deu certo tiveram os pontos e uma vnatagem moral enorme, desestabilizando os Colts que ficaram apavorados sem saber o que esperar e com cara de "ei, eles não estão fazendo igual ao combinado!!"
Valeu New Orleans!

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada pela oportunidade de aprender mais sobre esse esporte,querido.E como é preciso respeitar o adversario...Vi algum comentario sobre essa grande final,mas ainda não tinha entendido bem o que estava acontecendo...
Mami.